terça-feira, 30 de agosto de 2011

queria que todos os segundos da minha vida fossem preenchidos por momentos de felicidade como aqueles que representam para mim! estimada patrulha Vida, estimada família de coração, estimadas irmãs de alma e estimadas amigas do passado, do presente e do futuro! eu não vivo sem vocês 











domingo, 14 de agosto de 2011

belmira ♥


sinto saudades suas, sabe? faz-me falta as suas palavras sábias, sábias de vários anos de vida, sábias de várias experiências e sábias de imensa cultura e inteligência. faz-me falta as suas conversas comigo, a maneira como me incentivava mesmo quando todos já tinham feito de tudo e mesmo assim eu continuava sem incentivo e você tinha a capacidade de me incentivar e mudar. eu gostava de conversar consigo. o tempo passava rápido e eu fazia-o com gosto, você tinha um dom imenso de me cativar, quer pelo seu jeito familiar, quer com o seu dom para conversar. conseguia sempre falar comigo sobre coisas que lhe agradavam e que apesar de não terem nada haver comigo me causavam imensa vontade de ouvir e tentar perceber com os seus olhos e com o seu gosto como tudo aquilo era importante para si. quando eu precisei de uma avó tive-a a si, quando eu precisei de uma madrinha tive-a a si, quando eu precisei de uma amiga tive-a a si. lembro-me perfeitamente dos últimos tempos que passei consigo, lembro-me daquele ano de sofrimento, lembro-me daquele cancro que a foi devastando ao longo de 2009, lembro-me de ficar consigo algumas tardes a conversar sobre os seus filhos, os seus netos e sobre a sua saúde. você sempre me disse que ia sobreviver que não iria ser um cancro que a levaria de nós, talvez a sua atitude a tenha levado a aguentar muito mais do que os dois meses que os médicos lhe deram. lembro-me de entrar no seu quarto vê-la deitada naquela cama de cabelo rapado, do choque que foi e da imensa vontade que me deu de chorar mas não o fiz, não á sua frente. cheguei-me a si reparei que mesmo naquele estado continuava maquilhada e com um magnifíco sorriso no rosto, dei-lhe um beijo carinhoso na testa e sorri-lhe e você apenas me disse rindo-se “deixa-me só compor” e colocou a peruca como se trata-se de um chapéu com um imenso à vontade. no fundo ao longo de todos os tratamento, de todo o sofrimento e incómodo reagiu sempre bem, mostrando a todos que era forte e uma lutadora. o cancro levou-a de nós em setembro de 2009, com a certeza que tinha feito de tudo e que havia lutado. tendo sido para mim ao longo de todo o meu crescimento um pilar e um orgulho. desde então que tenho 3 estrelinhas a olharem por mim, você é um exemplo de força e de mulher. Um dia falarei aos meus filhos das histórias que me contou e da pessoa magnifíca que era.